segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Treino em escadas: quando e por que fazer

 Fortalecimento muscular e melhora do condicionamento físico é uma das vantagens do treino em escadas


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O treino em escadas é um grande aliado para quem busca a melhora de performance na corrida. Subir degraus pode ser considerado um exercício aeróbico que fortalece os membros inferiores, deixando músculos importantes para o movimento da corrida, das pernas e glúteos, fortalecidos. “Este tipo de treino é indicado quando o corredor busca melhorar a força e também o condicionamento físico. Deve ser utilizado em um momento específico da preparação para que não cause problemas dentro do ciclo proposto”, explica o treinador Leandro Sandoval.
Além dos ganhos citados, o treino em escadas também promove um alto gasto calórico. Outro benefício para os que gostam de disputar provas é que a resistência e a força adquiridas serão de grande valia quando o atleta tiver pela frente uma subida em uma disputa.
Esse tipo de treino pode ser praticado por qualquer tipo de pessoa, porém, quem sofre com algum problema físico deve ter cuidado redobrado. “Tanto para subir, quanto para descer, pessoas que têm qualquer tipo de problema articular ou lesão devem evitar esse tipo de atividade. Os demais devem analisar sempre junto ao seu treinador qual a melhor forma de executar e a quantidade ideal a ser feita”, recomenda o treinador.
Os maiores cuidados são com o nível de esforço e com o impacto. Por isso, é sempre recomendado fazer esse tipo de treino sob a orientação de um profissional.
(Fonte: Leandro Sandoval, treinador da assessoria esportiva Life Training.)

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Treinamento de Corrida: 10 erros durante uma prova


O principal erro na corrida provém, geralmente na fase da preparação, seja do atleta ou do corredor amador, onde falta um treinamento especifico e orientação de um especialista.


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Bom, são 12 anos de formado – dos quais 7 dedicados ao treinamento de corrida – e posso afirmar que estes são os erros mais comuns que cometemos durante uma prova, não só os corredores iniciantes mais também aqueles mais experientes comentem os mesmo erros. Minha opinião sobre os erros é que na preparação, seja do atleta ou do corredor amador, faltou um treinamento especifico e orientação de um especialista e deixo aqui meu recado: se correr é uma sensação incrível de liberdade e prazer, experimente correr sob uma orientação profissional e você certamente irá mais longe e mais rápido com você nunca foi.
Sem mais delongas vamos aos erros mais comuns e vamos dar algumas dicas de como evitá-los que é o mais importante. Eu fiz uma distribuição em função de como eles surgem na prova para uma melhor orientação.
1- Não fazer um aquecimento adequado
O aquecimento vai deixar o organismo mais preparado para o ritmo a ser imposto durante a prova. Podemos dividir o aquecimento em duas partes, a (1) chamada de geral tem como objetivo tirar o organismo do estado de repouso e é composta por exercício de baixa intensidade.
A (2) chamada de especifica tem como objetivo preparar o organismo para o exercício especifico no nosso caso a corrida com uma certo ritmo e neste ponto é importante fazer corridas curtas com intensidades variadas até chegar bem próxima a do ritmo de prova treinado.
2- Começar com um ritmo muito forte
Mesmo com um aquecimento fisiologicamente perfeito o organismo não irá suportar por muito tempo um começo de prova muito forte, pois ele ainda não se adaptou totalmente ao novo estado de estresse imposto pela prova. Neste caso recomendo que aumente gradativamente o ritmo de prova de 5 em 5 minutos ou de 10 a 15 minutos entre os iniciantes ate chegarem em um ritmo confortável.
3- Determinar um ritmo de prova mais alto do que você treina
Bom aqui não adianta nem tentar, pois se você não treinou para um determinado ritmo não é no dia e na prova que você vai tentar impor, isso só vai te levar a fadiga e posteriormente ao fim de prova precoce. Na reta final da prova de tudo de si ou como falamos vai pra morte, mas lembre-se que você esta no final da prova.
O correto seria um sprint desde tipo há pelo menos dois minutos do final da prova, pois neste ponto poderemos contra a alternância de vias metabólicas para gerar mais energia e terminar a prova. E você deve estar se perguntando por que dois minutos finais, não é mesmo. Bom por que depois deste tempo você estará fadigado pela intensidade alta imposta durante o sprint final.
4- Correr em zigue-zague ou costurando
Além de ser uma postura inadequada nas provas só vai te trazer um gasto de energia excessivo e os risco de trombar com outro corredor o que é extremamente constrangedor.
5- Quando pegar água e quando tomar água
Ao pegar água e ao tomá-la existe todo um procedimento para que você não altere muito seu ritmo de prova. Tipo parada no Box da formula 1. O ideal é que você diminua a intensidade alguns metros antes do posto de água e que mantenha com uma velocidade reduzida ate ao final de tomar a água e ai sim ir voltando para seu ritmo de prova.
6- Não tangenciar nas curvas
Voltamos novamente para a formula 1, nas corridas é comum ver os pilotos tangenciarem nas curvas, pois isso diminui a distância do percurso e na corrida de rua vale a mesma regra. Aliais o percurso é medido desta forma.
7- Não diminuir o ritmo ao sentir-se cansado
Ao primeiro sinal de cansaço (fadiga) o correto é diminuir um pouco o ritmo para que o organismo possa voltar ao steady-state (estado de equilíbrio fisiológico durante a prova) o mais rápido possível. Caso contrario a fadiga chegará em dois ou três minutos e será difícil manter mesmo um ritmo mais baixo durante a prova.
8- Não relaxar os ombros e os braços durante a prova
É comum um desconforto muscular nos ombros e braços durante a prova e o ideal é que você durante a corrida solte os, mesmo quebrando a mecânica correta da corrida durante alguns segundos isso irá ajudar a relaxar a musculatura contraída nos ombros e braços durante a prova.
9- Alongar ao sentir câimbras no meio da prova
Durante a prova começou a sentir câimbras, não adiantar para a alongar isso só vai piorar, o ideal é que você diminua o ritmo até elas desaparecerem.
10- Parar de imediato ao final da prova
Cruzou a linha de chegada nada de para e alongar, diminua o ritmo e faça uma caminhada por mais 5 a 10 minutos para que você possa ter uma diminuição do metabolismo e com isso voltar a um estado de repouso sem muito estresse ao organismo ai sim vamos fazer um alongamento.
Boa corrida!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Maratona não é para principiantes e o plano de treinamento não é unânime

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Acompanhar a chegada de uma grande maratona desperta em muita gente o desejo de fazer parte daquela massa emocionada, mas é bom saber que encarar os 42km exige muito preparo físico e psicológico. São ao menos quatro sessões de treino semanais, durante quatro meses e com longos que chegarão 30, 32, 36km. 


A planilha de treinos divide opiniões, mas algumas questões são unânimes. Maratona não é para principiantes, é preciso ter ao menos um ano de corrida ininterrupta, de preferência um ano e meio ou dois. 

- Não recomendo que as pessoas façam maratona no primeiro ano de corridas, pois precisam aprender a conhecer o corpo, ganhar mecânica, ritmo, força, coisas que vêm com o tempo. Para passar dos 21km para os 42km é preciso ao menos uns 18 meses – diz o treinador da Equipe Nova, Daniel Neves.
O mesmo tempo é recomendado pelos fundadores das duas maiores assessorias esportivas do Brasil, Mário Sergio Andrade Silva, da Run & Fun, e Marcos Paulo Reis, daMPR. E o tempo não é o único termômetro.


– O ideal é que o corredor faça no mínimo duas ou três meias no período de um ano e sinta que essa distância já não é mais seu limite, antes de começar a treinar para o dobro disso – completa Marcos Paulo.

Mas então uma pessoa que nunca correu ameia está proibida de tentar a maratona? Não necessariamente, mas essas são exceções.
- Alguns corredores não gostam ou não podem participar de tantas provas, mas já conseguem correr até duas horas ininterruptamente, só em treinos. Neste caso, até se pode partir direto para aplanilha da maratona – diz o criador da MPR. 


á o treinador Daniel Neves, admite essa possibilidade, mas não recomenda. Pode faltar preparo psicológico para uma prova longa.

– Treino é treino, prova é prova, principalmente no que diz respeito ao sistema nervoso. O preparo emocional pode fazer falta nos quilômetros finais, não recomendo – diz.
Este é só o começo do caminho, uma vez aprovado para o treinamento específico virão pela frente no mínimo quatro meses de vida social menos intensa, mais cuidados com alimentação e saúde. Na média, as planilhasde maratona têm 12 semanas, mas já há novidades nesse sentido.


- Para quem disputa a primeira maratona, optamos agora por um treinamento de 20 semanas, ou cinco meses, fazendo uma evolução mais segura e gradual no volume – conta Mário Sérgio, da Run & Fun.

A musculação é unanimidade, todos os treinadores indicam o fortalecimento específico de membros inferiores e core aos candidatos a maratonistas. Já a planilha pode variar bastante, de acordo com o professor e, principalmente, com o aluno.


- No geral, a semana tem dois treinos intensivos, um ou dois treinos de rodagem e mais umlongo, totalizando quatro ou cinco seções semanais, de acordo com a disponibilidade do corredor. Em geral, o longo será de 32km, mas podemos parar em 24km se for um atleta com histórico de lesões, por exemplo – explica Mário Sérgio.

A distribuição é mais ou menos a mesma proposta por Daniel Neves, mas os longos não precisam necessariamente ser medidos em quilômetros. 


- O longo serve principalmente para dar resistência ao corredor, e pode variar entre28km e até 35km. Ou pode ser medido pelo tempo, 3h, 3h30 de treino – diz.

Dá até para chegar aos 42km com três sessões de treino semanais e com longos bem mais modestos, como explica o treinador Marcos Paulo Reis. O importante, no final, é ser constante e não perder treinos.


- Tenho maratonistas que nunca passaram de28km e fizeram boas maratonas. Mais importante do que o tamanho do longão é a continuidade, é fazer a semana completa de treinos, o mês completo. Tenho mais confiança no atleta amador que faz algumas vezes treinos de 18,24, 26km do que naquele que perde vários treinos e só pensa em fazer os “32km da vida” – completa. 

Matéria publicada pelo site Eu Atleta